- Sergio Moraes/ReutersFelipão avisou que não pretende fazer grandes mudanças em relação ao time de Mano Menezes
Quem está esperando uma revolução na seleção com Luiz Felipe Scolari vai se decepcionar. Confirmado como o novo treinador da equipe nesta segunda-feira, ele confirmou que vai manter a base de jogadores que vinha sendo mantida pelo ex-comandante, Mano Menezes.
As novidades devem ficar por conta de veteranos, que serão usados para dar bagagem para uma equipe essencialmente jovem. “Não vamos começar o trabalho do zero. Vamos analisar. Vou manter a base, mas um ou outro nome será mudado”, afirmou o técnico.
Ao elogiar Neymar e Oscar, dois pilares do time de Mano Menezes, ele admitiu que pode usar jogadores mais velhos para garantir experiência à seleção. “A seleção é jovem, mas temos outros nomes experientes que podem voltar ao time e que podem contribuir de forma tranquila. Podem fazer com que esse grupo tenha qualidade”, disse. “Agora, quando se é jovem, você tem uma virtude. Tem mais vontade do que experiência. É possível mesclar e acho que temos muitas opções”, continuou.
Segundo ele, a parceria com o coordenador Carlos Alberto Parreira será essencial para esse processo de transição. “Quando o nome do Parreira foi proposto, eu agradeci. Muitas vezes, ajuda ter alguém ao lado em quem se apoiar para experimentar uma ideia. Em outras oportunidades, você pode ficar receoso de fazer testes, de tentar algo novo. Mas com a alguém com a bagagem do Parreira ao lado, com seu aval e sua capacidade de observação, é possível fazer testes. Essa é a forma como vamos trabalhar. Os dois estilos vão se fundir de uma forma muito legal”, explicou Felipão.
Apesar do discurso abrangente, algumas coisas não devem mudar no estilo Felipão. Umas delas são as restrições durante entrevistas. Nesta quinta, ele até mesmo citou o nome de Ronaldinho Gaúcho para avisar que não vai falar sobre atletas que não foram convocados. “Só vamos começar a discutir os nomes mais para frente. E quando começarmos a fazer isso, todos vão ficar sabendo. E eu vou repetir algo que já fiz em 2002. Eu não vou falar sobre quem não estiver convocado. E não adianta pedir. Seja Ronaldinho Gaúcho, Pedrinho ou João. Quando fizermos a primeira convocação, para o dia 6 de fevereiro (contra a Inglaterra), teremos nomes e ai todos poderão concordar ou discordar com a lista”, completou Scolari.
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