João Maria Assunção (contabilista), prefeito eleito de Lagoa Nova (o quinto município mais populoso da região do Seridó), concedeu entrevista exclusiva ao repórter Eliabe Davi Alves (Jornal Correio do Seridó) e fez uma avaliação do pleito eleitoral, ao passo que, também falou de assuntos relacionados à formação de sua equipe de transição, novo secretariado, projetos futuros, além de destacar os desafios da próxima gestão.
CORREIO – Como surgiu o seu interesse por política?
JM – Todos nós somos políticos! Nascemos em uma democracia, todo mundo tem um pensamento político. De início, eu não pensava em entrar em política e nem disputar uma eleição, apesar de que meu pai já ter sido candidato a vice-prefeito. Amigos foram me incentivando, aí aceitei e acolhi a causa. O povo me acolheu e me apoiou muito.
CORREIO – Que fatores determinaram sua vitória?
JM – O povo de Lagoa Nova me acolheu, então com esta acolhida sai com outro gás e a campanha seguiu outro ritmo! O povo é quem lhe dá gás e lhe fortalece e faz com que você saia com uma campanha vitoriosa.
CORREIO – Qual foi a maior dificuldade que você enfrentou durante campanha?
JM – Dificuldade, dificuldade não tive. Apenas estranhei um pouco por que fui candidato pela primeira vez, tem as falhas e as virtudes! Dificuldade de enfrentar não teve, pois a população de Lagoa Nova me acolheu bem.
CORREIO – Em termos políticos, que apoio foi decisivo para sua eleição?
JM – Erivan Costa contribuiu bastante para que o nosso pleito saísse vitorioso, ele é o político nato de Lagoa Nova, tanto que ele é conhecido na região do Seridó; se você chegar em qualquer município as pessoas sabem quem é ele. Ele tem história: já foi prefeito quatro vezes. Em nossa região, poucos conseguiram esse feito. Que me lembro, só Geraldo Gomes de Currais Novos e João Batista em Cerro Corá.
CORREIO – Você acha que os eleitores de sua cidade consideraram a gestão de Erivan desgastada, e resolveram lhe dar um voto de esperança, acreditando na mudança ou não?
JM – A administração de Erivan não está desgastada, tanto que nas pesquisas o índice de aprovação dele sempre fica acima de cinquenta por cento; quando você está neste patamar, não está desgastado, existem os problemas, mas se houvesse desgaste a aprovação da gestão ficaria abaixo dos cinquenta por cento. Agora, ele já está cansado, uma gestão de quatro anos já é muito tempo, imagine só de oitos anos. Por isso, eu não atribuo a minha vitória a uma administração desgastada.
CORREIO – Como você se sente após ter sido eleito prefeito de sua cidade?
JM – Somos praticamente quinze mil habitantes e quando você olha para esse universo, você se sente muito gratificado. Sabe que o povo lhe acolheu, e quando o povo lhe acolhe é por que você fez alguma coisa pelo município. Isso é muito gratificante! Não sei se sou um privilegiado, mas vou assumir o município no ano de seu cinquentenário. Vamos construir um monumento, e ao longo do ano haverá várias programações alusivas ao cinquentenário de nossa cidade.
CORREIO – Você já começou compor a equipe de transição?
JM – Ainda estou montando, vou constituir a equipe para começarmos os trabalhos.
CORREIO – Como será a composição de seu secretariado?
JM – Vamos trabalhar com pessoas e profissionais capacitados, para que possamos fazer um bom trabalho.
CORREIO – Você levará em conta o fator técnico na formação de sua equipe ou serão apenas acordos e negociações políticas?
JM – Irei formar uma equipe técnica com gente preparada. Mas não pode ser só assim, também temos que ver a parte política. Porque todo candidato que se elege tem um grupo político ao seu redor. Mas é a parte técnica que faz a coisa funcionar.
CORREIO – Qual será o maior desafio da próxima gestão?
JM - Será trabalhar saúde, educação e agricultura, sem esquecer a cultura, assistência social e o turismo. São estas coisas que fazem com que o município cresça. Vou priorizar também o esporte e o lazer, dar uma ampliada na infraestrutura municipal para receber o pessoal que vem de outros municípios e acolhemos bem.
CORREIO – O que será prioridade em seu governo?
JM – A saúde, educação e a agricultura, que foi o carro chefe de meu plano de governo, que preguei durante o período eleitoral. Vamos trabalhar e melhorar. Lagoa Nova é um município que está crescendo: o número de habitantes, se comparados há dez anos, praticamente dobrou. Temos agora a energia eólica, e nossa agricultura que é muito forte.
CORREIO – Você pretende criar novas secretarias?
JM – Sim. No meu plano de governo está a criação de secretaria de mobilidade urbana e a de cultura. Fortalecer o artesanato local. Vou construir um prédio para a biblioteca municipal.
CORREIO – O que fazer para melhorar as secretarias existentes?
JM – Procuraremos trazer capacitações para equipe que já existe, treinamento para os servidores. Temos que aprimorar o trabalho. Na hora que será oferecido a capacitação, vai melhorar a qualidade de vida e a atividade dos funcionários.
CORREIO – Como fazer para que secretaria de turismo deixe de ser apenas só chalés dos Cajueiros?
JM - Temos crescido muito no privado. Agora temos que fazer com que o setor público acompanhe o desenvolvimento da cidade. Vamos trabalhar em conjunto com as secretarias: de Turismo, Cultura e agricultura para criarmos o festival do caju. E promover o artesanato e divulgar o nome da cidade em todo o estado.
CORREIO – Como você ver o potencial de desenvolvimento de lagoa Nova, se comparado às demais cidades da região do Seridó?
JM - Hoje, somos destaque. Vou citar a Serra de Santana: Lagoa nova se destaca. Temos uma agricultura muito forte, energia eólica, muitos empregos sendo gerados na cidade. Com isso, está diferenciando Lagoa Nova de outros municípios: a qualidade de vida daqui é outra, a gente percebe no semblante do povo. Apesar de estarmos em um período de seca, temos água na zona rural e não precisamos de carros pipas. Temos um povo humilde, trabalhador e acolhedor. Este é mais um diferencial nosso.
CORREIO – Como será sua relação com o legislativo municipal?
JM – Vai ser uma relação harmônica, porque os poderes executivos e legislativos têm que andar sempre juntos. Quando os poderes estão irmanados, o município se desenvolve mais rápido, isto é primordial para que se tenha uma boa administração. Vou fazer de tudo para que os dois poderes andem sempre juntos. Ter uma parceria, por que se não for assim, os projetos de lei travam e não passam.
CORREIO – Você tem preferência sobre quem deverá apoiar para presidente da câmara?
JM - Prefiro e quero que seja alguém que foi eleito em minha coligação.
CORREIO – Vocês já tiveram alguma conversa sobre os nomes de Bilouro, Leandro Costa ou Joquinha?
JM – Na parte a que se refere à candidatura de presidente da câmara, a gente ainda não conversou nada. Sou de acordo a qualquer nome, desde que seja do consenso de todos.
CORREIO – Que mensagem você deixa para os leitores do Jornal Correio do Seridó?
JM – Lí algumas matérias. Quero dizer que vocês do jornal Correio do Seridó estão de parabéns. Estão crescendo. E a todos os meus amigos de Lagoa Nova que votaram em mim, afirmo que vou trabalhar muito e deixo meu muito obrigado.
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